O que eu não posso pregar
-Tema: PREGAÇÃO
“ai de mim se não pregar o evangelho” I Coríntios 9.16
-Introdução: Diante da diversidade de pregadores atuais, o conteúdo
e a forma da pregação da Palavra precisa orientado para não fugir ao propósito
real e da dignidade do exercício da pregação.
Conforme
disse o apóstolo Paulo com a expressão “se anuncio
o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação;
porque ai de mim se não pregar o evangelho!” (I Coríntios 9.16). Com estas palavras entendemos
que pregar, embora pareça bonito, não é uma apresentação e sim algo que a
pessoa 1º não tem que se gloriar, 2º se torna uma
obrigação e 3º uma necessidade constante.
O pregador
não pode deixar de pregar o verdadeiro Evangelho para pregar outra coisa como
opinião ou modismos que são “vento de doutrina”
(Efésios 4.14), podendo ser fiel à
doutrina de sua igreja e pastor (Hebreus 13.9).
O assunto da
pregação deve ser impreterivelmente a Bíblia
Sagrada como
ferramenta completa para toda a mensagem de Deus (II
Timóteo 3.16).
O púlpito não
é lugar de:
-desabafo de problemas pessoais e da igreja;
-brincadeiras, piadas e historinhas para distrair o público;
-assuntos seculares desligados da Palavra como futebol, por exemplo;
-falar de si mesmo, evite o excesso da expressão ‘eu’(II Coríntios 4.5);
O que eu não posso pregar?
Vamos
refletir o que não podemos pregar:
1-
O que não entendo: II Timóteo 2.15 “procura
apresentar-te a Deus como obreiro aprovado, que não tem de que se envergonhar e
maneja bem a Palavra da verdade”
A primeira
coisa que o pregador não pode fazer é pregar algo que não entende. Um pregador
precisa se preparar antes para saber o que vai dizer. É necessário estudar o
assunto e ajuntar informações, fazer anotações e pesquisas para estar a par do que será apresentado. Antes de
apresentar um tema, aprofunde-se o máximo possível.
Paulo
orientou o jovem pastor Timóteo a procurar se preparar sendo aprovado no
assunto para não passar vergonha e saber utilizar bem as Escrituras.
Se você vai
pregar, não use um texto que acha difícil, basei-se em uma passagem que te dá
segurança. Mas não se acomode, procure sempre aprender mais. Um grande
obstáculo para aprender mais é achar que já sabe o que precisa.
Você tem
pregado mensagens que compreende profundamente?
Estude
bastante antes de pregar!
2- O que não creio: I
Coríntios 2.4 “A minha palavra e a minha pregação não
consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do
Espírito e de poder”
O objetivo
da pregação é gerar fé nos ouvinte porque “a fé vem
pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Romanos 10.17). Charles Spurgeon,
grande pregador que viveu no século XIX, diz que “Os sermões que tem a
probabilidade de quebrantar o coração do ouvinte são aqueles que antes
quebrantaram o coração do pregador”.
O pregador
precisa transmitir confiança ao ouvinte. É necessário crer para então ensinar a
fé. As doutrinas bíblicas essenciais devem ser nítidas na mente do pregador
para a partir delas formar sua mensagem.
Também
através da oração a fé do pregador é alimentada para transbordar aos seus
ouvintes. João Wesley dizia que se enchia do “fogo e os outros vêm se queimar”.
A origem da mensagem é a inspiração Divina dada pelo Espírito Santo.
Se você não
crê em curas, prosperidade e outros temas famosos do momento, não pregue isso.
Pregue a Bíblia. Baseie em assuntos básicos como amor, salvação, fé, oração,
conforto e bênção. Assuntos que não são muito questionados e que não se esgotam
facilmente.
Você
transmite fé no que você prega?
Encha-se
primeiro para depois pregar aos outros!
3- O que não vivo: Romanos
2.21 “tu, pois, que ensinas a outrem, não te
ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas?”
Pior do que
pregar o que não entende ou crê é pregar o que não pratica. Por isso Tiago
orientou muito bem para ser “praticantes da palavra
e não somente ouvintes” (Tiago 1.22).
Francisco de Assis também ensinava dizendo "Pregue o
Evangelho sempre, se necessário, use palavras".
Jesus “ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas” (Mateus 7.29) porque vivia sua mensagem antes de
pregar. Então não fale de perdão se você precisa perdoar, não fale de paciência
se você é nervoso. Pregue algo que você faz. Seria como te dar uma receita de
um bolo que eu mesmo nunca fiz nem provei. Ninguém acreditaria.
O testemunho
de vida confere tanto poder à mensagem quanto a oração e a fé, pois a vida do
pregador é analisada pelo público e suas palavras são endossadas pelo Espírito
de Deus no coração do povo.
Você tem
pregado o que vive?
Procure
praticar o que pregar e pregar o que pratica!
Pregue o que entende, crê e vive!
-CONCLUSÃO:
II Timóteo 4.2 “prega
a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com
toda a longanimidade e doutrina”
Nunca pregue
sem orar!
Alguns dos maiores pregadores que já
tivemos nos deixaram alguns conselhos úteis sobre pregação. Charles Spurgeon
dizia que "Nada deveria ser o alvo do pregador a não ser a glória de Deus
através da pregação do evangelho da salvação"[1]. Charles Finney aconselhava aos pregadores
“Gaste muitas horas diárias na oração e na Palavra. Se falhares nisto serás um
homem como outro qualquer”. João Wesley dizia “coloque fogo no seu sermão ou
jogue seu sermão no fogo”.











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